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Sindmóveis lamenta o falecimento do moveleiro José Eugênio Farina

Um dos grandes nomes da indústria brasileira de móveis, o empresário teve contribuição decisiva para a articulação do polo moveleiro de Bento Gonçalves nos anos 1970

É com pesar que o Sindmóveis recebe a notícia do falecimento do empresário José Eugênio Farina, ocorrido nesta quarta-feira, dia 27 de maio, em Bento Gonçalves. Aos 95 anos, ele ainda ocupava a presidência do Conselho Consultivo do Grupo Todeschini e, sem dúvidas, é um dos grandes nomes do setor moveleiro no Brasil.

Ele integrou o Conselho Fiscal do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis) ininterruptamente entre os anos de 1977 e 1987, além de ter ocupado a função de diretor de Exposição Industrial na 1ª e 2ª edições da Mostra do Mobiliário, hoje a feira de móveis a Movelsul Brasil. Historicamente, foi sempre um apoiador da atuação coletiva do setor, ao estimular a participação de executivos da empresa na diretoria do Sindmóveis, o que transcorre de forma voluntária. Nos dias atuais, a diretoria do Sindmóveis conta com a atuação da neta de José Eugênio, Letícia Farina, como diretora de Serviços.

José Eugênio Farina adquiriu a fábrica de acordeões Todeschini em 1971, hoje um dos principais grupos moveleiros do país com as marcas;

  • Todeschini
  • Italínea
  • Criare
  • Carraro
  • Avantti
  • Todesmade
  • Todesflor
  • Grato
  • Todescredi

A Todeschini foi protagonista de uma grande reviravolta na produção de móveis no Brasil nos anos 1970. As novidades implantadas pela empresa naquela época ajudaram a fomentar o papel do designer na indústria e a relevância do polo moveleiro de Bento Gonçalves para o país.

Esse marco histórico foi a contratação, pela Todeschini, dos consagrados designers brasileiros José Carlos Bornancini e Nelson Ivan Petzold, resultando no desenvolvimento das cozinhas modulares coloridas, que viriam a se tornar um ícone brasileiro dos anos 1970 e 1980. Até hoje, é tido como um grande caso de inovação mercadológica. A parceria começou 1966, quando os designers foram chamados pela então fábrica de acordeões Todeschini para avaliar alternativas frente à crise daquele mercado – consequência da ascensão dos instrumentos elétricos.

José Eugênio deixa a esposa Lourdes e quatro filhos: João, Paulo, Ricardo e Virginia, além de oito netos, três noras e um genro.