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Crise persiste no polo moveleiro de Bento Gonçalves

O crescimento das exportações no polo moveleiro de Bento Gonçalves no primeiro semestre de 2017 não foi suficiente para frear a queda generalizada no faturamento das indústrias locais. Enquanto as vendas para o mercado externo cresceram 12,7% de janeiro a março, em comparação a igual período do ano passado, o faturamento da indústria moveleira de Bento Gonçalves atingiu R$ 397,59 milhões no primeiro trimestre de 2017 – queda nominal de 10,3% em relação ao mesmo período de 2016.

No Rio Grande do Sul, em contrapartida, os fabricantes de móveis tiveram um faturamento de R$ 1,42 bilhões, crescimento nominal de 0,8% ante o mesmo período do ano de 2016. O presidente do Sindmóveis, Edson Pelicioli, já previa que uma recuperação para o setor devesse iniciar apenas no segundo semestre desse ano e que, ainda assim, será gradual. “Infelizmente, muitas das indústrias não conseguirão atingir patamares anteriores à crise. O Sindmóveis, enquanto entidade representativa, vai reforçar seus investimentos em pesquisa e promoção comercial para busca de novos mercados e oportunidades de atuação para as indústrias associadas – tanto no mercado interno quanto internacional”, pontua.

Esse desempenho negativo do polo moveleiro foi atingido em um cenário de queda de 5,6% na produção moveleira brasileira no primeiro trimestre. O volume de vendas do comércio varejista de móveis caiu 26,5% nos dois primeiros meses do ano em relação ao ano passado, e acumula uma queda de 14,8%  na variação acumulada dos últimos 12 meses.